Existem muitos símbolos dos Caminhos de Santiago, mas estes são comuns a todos.
A Santiago de Compostela acorreram (e acorrem) peregrinos de várias partes da Europa. Cada Caminho foi sendo sinalizado ao longo dos anos, e convencionou-se usar setas amarelas para indicar o sentido a ser seguido para chegar a Santiago de Compostela.
Caminhar procurando as setas amarelas nas pedras, árvores, postes ou muros faz parte da rotina do peregrino. Encontrar uma seta amarela é a certeza de estar no Caminho certo!
A curiosidade é como elas surgiram.
Elias Valiña Sampedro, conhecido como O Cura do Cebreiro e um dos mais importantes conservadores e promotores do Caminho, foi o responsável, junto com voluntários, pela pintura das flechas amarelas desde Roncesvalles.
Ele pediu as sobras de tinta a uma empresa da região que estava pintando vias públicas. Deram a tinta amarela…
Atualmente é comum ver uma vieira amarela no lugar de uma seta ou junto a uma, mas é uma sinalização, às vezes, confusa.
As setas amarelas serão o seu constante companheiro no Caminho!
De acordo com a lenda, o corpo do Apóstolo, perdido no mar, foi arrastado por correntes marítimas até uma praia da Península Ibérica, chegando intacto e coberto por conchas de vieira.
Na Idade Média, a vieira era usada como amuleto contra pragas e maldições. Muitos peregrinos, ao retornarem a seus locais de origem, levavam uma vieira como lembrança ou prova de sua peregrinação. Também serviam para colocar a comida que recebiam ou mesmo para beber água.
Atualmente é utilizada em roupas, mochilas ou colares, sendo a concha natural ou com uma pintura de cruz-espada, a cruz de Santiago, mostrando que ali vai um peregrino de Santiago.
A cruz de Santiago é uma cruz latina com a forma mesclada de um lírio com uma espada. Sua origem é incerta. Acredita-se que tenha surgido na Espanha, no tempo das cruzadas, após a Batalha de Clavijo (844).
Simboliza o Apóstolo Tiago, defensor dos cristãos, martirizado, decapitado com uma espada.
Assim como a vieira, também é usada em adornos e artigos para presente, como brincos, chaveiros, abridores de cartas, na famosa torta de Santiago e em roupas, especialmente de confrarias e dos Cavaleiros de Santiago, ordem religiosa dedicada a defender os peregrinos.
O cajado ou bastão, seja de madeira, artesanal, ou de metal, com moderna tecnologia, faz parte do equipamento do peregrino. É raro ver um peregrino que não leve, ao menos, um cajado; muitos caminham com um par de bastões.
Além de movimentar os braços e manter as mãos elevadas durante a caminhada, favorecendo a circulação, o uso do cajado serve tanto para ajudar no esforço durante as subidas como para poupar o impacto nos joelhos e tornozelos durante as descidas.
Pode ser usado, também, para verificar a profundidade de uma poça d’água ou de um lamaçal, conter as investidas de cachorros, ajudar nos exercícios de alongamento e até mesmo como varal.
Avalie e escolha o que for melhor para você.
A Compostela é o documento oficial que comprova que o peregrino percorreu o Caminho e chegou a Santiago de Compostela. Deve ser solicitada na Oficina del Peregrino, que a outorgará aos que, comprovadamente, tenham percorrido, no mínimo, 100 quilômetros a pé ou a cavalo, o que corresponde à partida de Sarria no Caminho Francês ou Tui, no Português, ou 200 quilômetros de bicicleta, o que corresponde ao início em Ponferrada.
A comprovação de percurso se dá com a apresentação da Credencial de Peregrino devidamente carimbada.